Vivências em contos, sonhos do "meu" presente!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Andei pensando coisas... [1]


...E novamente não consegui dormir.
É estranho porque me sinto tão confusa e tão esclarecida diante de tanto sentimento. Algumas coisas na vida da gente chegam assim arrebatando tudo e quando a gente percebe que é real, simplesmente já acabou.
Você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeito, quando me dei conta você já estava aqui dentro, me fazendo feliz.
O meu gostar por você chegou a ser amor, não sei se você sabe disso, mas eu percebia isso todas as vezes que eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, como era lindo! Eu ficava ali admirando a sua respiração e os seus olhos que eram tão meus e que mesmo fechados eram tão sinceros.
Quantas noites eu fiquei ali a me perguntar por que o meu coração tinha escolhido você, mas na verdade eu não queria resposta, por que você era a melhor coisa que tinha me acontecido em tão pouco tempo, e isso pra mim era suficiente. Lembro-me dos nossos momentos com muito carinho, como era mágico estar perto de você, eu não queria viver mais nada, ver mais nada, você me completava. Lembro ainda do ultimo abraço que te dei, eu pedi de propósito, era a despedida, coisas ficaram mudas, ocas sem voz e não ultrapassaram o limite dos nossos corpos unidos, coisas que ficarão guardadas passe o tempo que passar. Se eu imaginasse que o fim seria tão rápido teria curtido mais a sua presença, e implorado pra passar todos aqueles dias somente com você, sem me importar com o que se passava lá fora, cuidar exclusivamente de você e te fazer feliz. Mas infelizmente a gente não tem uma bola de cristal dessas que a gente vê em filmes de bruxa, e como tudo que tem início e fim, o nosso fim também chegou. Chegou primeiro pra você, o que já era de se esperar, e na mesma velocidade que eu te despertei vários sentimentos bons de alguma forma eu despertei tudo ao contrário e novamente como num passe de mágica, tudo se foi.
Ah! Essa saudade no meu peito...
E eu choro...
Choro por tudo o que foi e que não será, por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo amanhã ao seu lado que não existe, pelo muito que amei sem saber.
Meu coração sangra com uma dor que me faz faltar o ar.
Dói e é horrível, parece que eu não vou aguentar, parece que eu vou explodir. Mas isso faz parte da vida, o amor às vezes nasce em dois corações e morre em um só, a gente não tem culpa disso, a vida tem dessas coisas.
E de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, sentada bem no meio dos carros aqui no condomínio, então você virá e os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempão enorme... Só olhando você, sem dizer nada, só olhando e pensando:
Meu Deus, como eu posso amá-la tanto?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Eu não sei, mas acho que a gente olha e pensa: “Quero pra mim”. Mas dá um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguém, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que não vale a pena. Porque o coração nem sempre é mocinho. Foi por isso que corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, não adianta, será. 



Caio

Aqueles dias...