Vivências em contos, sonhos do "meu" presente!

sábado, 3 de outubro de 2009

Te olho nos olhos'

Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente.
Desculpa, tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...e você foi me tirando os espaços entre os abraços,
guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade de me inventar de novo.
Desculpa...se te olho profundamente, rente à pele... a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços.
A ponto de ver a estrada muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente."


'Ana Carolina'

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