Vivências em contos, sonhos do "meu" presente!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Andei pensando coisas... [3]

...e me deparei de cara com o tempo, já fazem 26 dias desde o último abraço, desde a última vez que sua mão se entrelaçou na minha, desde o dia que você me disse adeus. O tempo passa mesmo rápido, só o que não passa é essa saudade que eu tenho de você, a vontade de estar perto de você o tempo todo, de te ver cantar, de te ver sorrir mesmo que não seja pra mim.
Sabe, a saudade castiga muito a gente, coloca a gente assim na beira de um precipício e faz de tudo pra gente pular, fica encurralando a gente, cercando, sufocando e a gente fica num beco sem saída, sem saber de nada, feito prisioneiro. Escapar seria a melhor saída, fugir, sair correndo mas ela não nos da outra opção, a única opção é o pensamento o tempo todo em você, e a única pessoa que pode me salvar disso é você.
Ontem eu estava no metrô e sentou uma mulher ao meu lado com seu perfume, no mesmo momento perguntei a vida se ela estava de sacanagem comigo, ouvi uma gargalhada leve e acho que ainda escutei ela dizer: "Michelle, isso são lembranças boas, se acostume com elas".
- Não tenho dúvidas de que são boas essas memórias, respondi, mas o perfume é covardiaaaaaaaaa vida (gritei bem alto com meus pensamentos, e sorri.)
É certo de que tudo na vida tem o seu devido tempo, e apesar das pessoas ficarem tentando enfiar na minha cabeça que eu devo esquecer o mais rápido possível, que isso não pode ser um sentimento e blá blá blá, eu sei do que eu sinto e sei também que isso vai ser no momento em que o universo achar que deverá ser, e eu não me preocupo mais com isso, muito pelo contrário, se ele conspirou e permitiu que tudo o que a gente viveu acontecesse, é porque de fato assim tinha que ser e na verdade tudo o que eu sinto foi só uma consequência, uma das melhores que eu já tive por sinal. rs.
Me pego sempre pensando em você, em tanta coisa boa que a gente viveu em tão pouco tempo, não consigo esquecer um só detalhe. Na verdade tenho que confessar que não consigo lembrar das coisas que você me disse no nosso último encontro, apesar de você falar tanta coisa, eu só entendia: "não te quero mais, você não serve pra mim."
Eu estava muito confusa e nervosa, minha cabeça estava a mil e ao mesmo tempo vazia, porque eu não conseguia raciocinar sobre tudo o que eu ouvia e tentava interpretar naquele momento. Eu sempre olhei pra você e me via nos seus olhos, mas aquele dia não, eu não conseguia ver, eu estranhei até a sua voz, e pensei que eu tinha feito algo que havia te machucado muito.
Essa não pode ser a minha flor, pensei, será que eu tô com a flor de alguém ou será que por descuido eu esqueci de rega-la e ela acabou ficando tão seca e murcha assim?
Sim, era ela, mas estava ali tão linda, tão minha com seu perfume de amor declarando que o meu jardim não faria mais parte da sua vida, que talvez ela tivesse idealizado demais um outro jardim e entrou no meu sem prestar muita atenção mas que sobretudo havia chegado a hora de partir.
Foi então que o sol do meu dia virou lua, lua porque mesmo fria (sem calor) e distante, continua iluminando o céu e porque eu posso olhar pra ela mesmo com toda essa distância e ver que no mundo as possibilidades são infinitas e que o meu céu a noite é mais bonito, porque a lua deixou coisas maravilhosas na minha história.

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